Poema noturno n°3

Podia lhe escrever milhões
De palavras
Doces à boca
Macias aos ouvidos
Deliciosas aos sentidos
De som e profusão quase táteis
Exuberantes à vista
Mas o tempo que tenho é curto
Passegeiro como tudo
Que se tem notícia
De repente já faz noite
Tão ligeira como os anos
Que tudo que posso te dizer
É fantasia
Melhor viver as noites, querida
Que escrevê-las